terça-feira, 2 de novembro de 2010

JOGOS DIGITAIS EDUCACIONAIS: BENEFÍCIOS E DESAFIOS

Rafael Savi1
Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento / UFSC
Vania Ribas Ulbricht, Dra2
Programas de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento / UFSC e de
Design /AM
Resumo: As instituições de ensino estão ampliando o uso das tecnologias de
informação e comunicação para oferecer aos alunos mídias interativas que possam
enriquecer as aulas. Os jogos digitais aparecem nesse contexto como um recurso
didático que contém características que podem trazer uma série de benefícios para as
práticas de ensino e aprendizagem. Este artigo apresenta o potencial dos jogos digitais
educacionais, baseado em estudos de especialistas, trás exemplos de jogos utilizados em
diferentes níveis de ensino e aponta problemas que ainda precisam ser superados para
facilitar o emprego dos jogos digitais educacionais.


Introdução
Os jogos de vídeo games e computadores conquistaram um espaço importante na vida
de crianças, jovens e adultos e hoje é um dos setores que mais cresce na indústria de
mídia e entretenimento. Estudos recentes da consultoria PricewaterhouseCoopers
estimam que em 2008 o faturamento do mercado de jogos deverá superar o do setor de
música, que sempre teve destaque econômico (Marketing Charts, 2008).
Com um faturamento bilionário os jogos digitais já assumiram um papel de destaque na
cultura contemporânea, levando diversos pesquisadores a desenvolverem estudos paraentender porque os jogos digitais são tão atraentes e quais impactos causam na vida das
pessoas (Kirriemuir; Mcfarlane, 2004).
Muitos jovens seduzidos pelos jogos digitais permanecem longos períodos totalmente
empenhados nos desafios e fantasias destes artefatos de mídia, dando a impressão de
que são imunes a distrações e que nada é capaz de desconcentrá-los.
Mas os jogos digitais costumam absorver muitas horas dos jogadores e consomem um
tempo que poderia ser aproveitado em outras atividades, como o estudo, por exemplo.
Isto gera reclamações entre pais e professores, pois gostariam que seus filhos e alunos
aplicassem nos estudos o mesmo nível de atenção e comprometimento dedicado aos
jogos (Kirriemuir; Mcfarlane, 2004).
Conseguir desviar a atenção que os estudantes dão aos jogos para atividades
educacionais não é tarefa simples. Por isso, tem aumentado o número de pesquisas que
tentam encontrar formas de unir ensino e diversão com o desenvolvimento de jogos
educacionais. Por proporcionarem práticas educacionais atrativas e inovadoras, onde o
aluno tem a chance de aprender de forma mais ativa, dinâmica e motivadora, os jogos
educacionais podem se tornar auxiliares importantes do processo de ensino e
aprendizagem.
Mas para serem utilizados com fins educacionais os jogos precisam ter objetivos de
aprendizagem bem definidos e ensinar conteúdos das disciplinas aos usuários, ou então,
promover o desenvolvimento de estratégias ou habilidades importantes para ampliar a
capacidade cognitiva e intelectual dos alunos (Gros, 2003).
Durante muitos anos se discutiu a possibilidade dos vídeo games influenciarem
negativamente os jogadores e estimularem a violência em crianças e adolescentes. Nos
últimos anos, porém, aumentou o interesse para a pesquisa dos aspectos positivos dos
jogos, seus benefícios para os jogadores, potencialidades como recurso didático e uso na
educação (Eck, 2006).
Agora, ao invés das instituições de ensino fecharem as portas para os jogos, existe um
crescente interesse entre pesquisadores e professores em descobrir de que formas os
jogos digitais podem ser usados como recurso para apoiar a aprendizagem e quais são
os seus benefícios (Kirriemuir; Mcfarlane, 2004).


1 rafaelsavi@yahoo.com.br
2 ulbricht@floripa.com.br

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

TECNOLOGIAS ASSISTIVAS : viabilizando a acessibilidade ao potencial individual


                                                                                                                                                             Luisa Hogetop²
                                                                                                                                                             Lucila Maria Costi Santarosa³


            A evolução das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) é contínua e acontececontinuum das épocas.

atualmente numa velocidade que impõe constantes reformulações do nosso “saber fazer”.
Realmente não conseguimos acompanhar o ritmo das novidades nesta área. Os investimentos
para o avanço da informática se fazem em todos os campos das atividades humanas,
condicionando nossa vida cotidiana e trazendo mudanças nos modos de representação e
percepção da realidade, uma “Mutação Antropológica”, como bem nos faz lembrar Levy, (1998).
Neste contexto, uma área da Educação tem sido particularmente revolucionada e impulsionada a
reformular seus antigos parâmetros e paradigmas, a pensar sua ação e resignificar o sujeito da
sua atenção, passando a valorizar sua linguagem particular, sua sensibilidade, seu conhecimento e
imaginação, qual seja a Educação Especial. A mediação digital vem impreterivelmente favorecer,
inúmeras novas oportunidades de acesso, em via dupla, ao conhecimento da cultura por parte do
indivíduo e do indivíduo por parte desta. A Educação Especial tem agora novas perspectivas de
abordar a diversidade humana e “des”cobrir todos que historicamente foram excluídos, escondidos,
discriminados, encobertos pelas mais diferentes sociedades no
Neste momento, através da conscientização progressiva das políticas educacionais
internacionais pressionando, de certa forma, as nacionais, percebe-se pouco a pouco um
comprometimento maior dos governos com o apoio às pesquisas e a busca de soluções para a
acessibilidade das Pessoas com Necessidades Educacionais Especiais (PNEEs) ao contexto
social mais amplo. Focalizando o nosso país, segundo estimativas, há uma abrangência de 10%
da população brasileira considerada como tal, o que representa dezesseis milhões de pessoas
com deficiência. Recentemente aprovado, encontramos no PROJETO DE LEI 4767/98, que
delinea a questão da acessibilidade de modo geral, por meio da “supressão de barreiras e
obstáculos nas vias e espaços públicos, no mobiliário urbano, na construção e reforma de edifícios,
nos transportes e meios de comunicação”. Ainda, no Cap. VIII, art. 21-II da referida lei,
encontramos as disposições sobre as ajudas técnicas no sentido do poder público comprometer-se
em fomentar programas destinados “
ajudas técnicas para as pessoas com deficiências”
neste trabalho.
Carmen Basil, citada por Puche et al. (2000), enfocando a habilitação das PNEEs coloca
que, se por um lado, há necessidade de um esforço no sentido de conseguir-se o máximo
desenvolvimento das capacidades destes indivíduos, por outro, há uma premência em modificar-se
o espaço físico, os atendimentos sociais, o acesso ao contato e conhecimentos das habilidades de
todos os membros da sociedade com o objetivo de suprimir obstáculos físicos, barreiras de
comunicação e atitudes desfavoráveis que limitam o crescimento pessoal e a qualidade de vida
destas pessoas. Ainda segundo a mesma autora, um dos investimentos importantes na
capacitação e habilitação destas pessoas, encontra-se justamente na provisão de ajudas técnicas.
No Brasil, vários termos tem sido adotados para denominar os novos artefatos
tecnológicos, que visam potencializar as capacidades das pessoas com qualquer tipo de
“dEficiência”, entre os quais,
influência da abordagem européia ou norte-americana. Como a intenção deste trabalho é colocar
diante do leitor, profissionais da área de Educação Especial, pais e PNEEs, um quadro explicativo
e abrangente dos avanços trazidos pelas Tecnologias às pessoas com dÊficiência, usaremos os
dois termos concomitantemente. Na verdade, embora sejam utilizados os diferentes termos, o
objetivo é um só, eliminar barreiras de acesso ao mundo às pessoas com dificuldades, propondo
soluções para os mais distintos tipos de necessidades especiais, sejam no âmbito das deficiências
físicas, mentais ou sensoriais.


1
potencial individual. Revista de Informática na Educação: Teoria, Prática –
PGIE/UFRGS.2002 (no prelo)
HOGETOP, L e SANTAROSA, L.M.C, Tecnologias Assistivas: viabilizando a acessibilidade ao
2
Municipal Especial Tristão Sucupira Viana (Município de POA) .Pesquisadora no Núcleo de
Informática na Educação Especial (UFRGS) . luisa@solaris.niee.ufrgs.br.
Educadora Especial, Mestranda em Informática na Educação(UFRGS), professora da Escola
3
do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEDU) da UFRGS; pesquisadora IA do CNPq
e consultora da SEESP/MEC; presidente da Redespecial-Brasil; coordenadora nacional da RIBIE
Professora Dra. do Curso de Pós-Graduação em Informática na Educação(PGIE) e do programalucila.santarosa@ufrgs.br
ao desenvolvimento tecnológico orientado à produção de, tema que iremos tratar mais especificamenteTecnologia Adaptativa ou Tecnologia Assistiva, conforme a

domingo, 31 de outubro de 2010

Três dias para ver ( Helen Keller)

             

                  

TRÊS DIAS PARA VERPor Helen Keller
O que você olharia se tivesse apenas três dias de visão?
Helen Keller (1880-1968), uma mulher extraordinária, cega, surda e muda desde bebê, nos chama a atenção para a apreciação de nossos sentidos, algo que normalmente não percebemos. Apenas de posse do sentido do tato e uma perseverança inigualável, sob a orientação de Anne Sullivan Macy, Keller pôde aprender a ler e escrever pelo método Braille, chegando mesmo a falar, por imitação das vibrações da garganta de sua preceptora, as quais captava com as pontas dos dedos. O esforço de sua mente em procurar se comunicar com o exterior teve como resultado o afloramento de uma inteligência excepcional, considerada a maior vitória individual da história da educação. Ela foi uma educadora, escritora e advogada de cegos. Tinha muita ambição e grande poder de realização. Ao lado de Sullivan, percorreu vários países do mundo promovendo campanhas para melhorar a situação dos deficientes visuais e auditivos. É considerada uma das grandes heroínas do mundo.  A Srta. Helen alterou nossa percepção do deficiente.
Publicado no Reader’s Digest (Seleções) há 70 anos. Texto selecionado por Silvia Helena Cardoso


Várias vezes pensei que seria uma benção se todo ser humano, de repente, ficasse cego e surdo por alguns dias no principio da vida adulta. As trevas o fariam apreciar mais a visão e o silencio lhe ensinaria as alegrias do som.
De vez em quando testo meus amigos que enxergam para descobrir o que eles vêem. Há pouco tempo perguntei a uma amiga que voltava de um longo passeio pelo bosque o que ela observara. “Nada de especial”, foi à resposta.
Como é possível, pensei, caminhar durante uma hora pelos bosques e não ver nada digno de nota? Eu, que não posso ver, apenas pelo tacto encontro centenas de objetos que me interessam. Sinto a delicada simetria de uma folha. Passo as mãos pela casca lisa de uma bétula ou pelo tronco áspero de um pinheiro. Na primavera, toco os galhos das árvores na esperança de encontrar um botão, o primeiro sinal da natureza despertando após o sono do inverno. Por vezes, quando tenho muita sorte, pouso suavemente a mão numa arvorezinha e sinto o palpitar feliz de um pássaro cantando.
Às vezes meu coração anseia por ver tudo isso. Se consigo ter tanto prazer com um simples toque, quanta beleza poderia ser revelada pela visão! E imaginei o que mais gostaria de ver se pudesse enxergar, digamos por apenas três dias.
Eu dividiria esse período em três partes. No primeiro dia gostaria de ver as pessoas cuja bondade e companhias fizeram minha vida valer a pena. Não sei o que é olhar dentro do coração de um amigo pelas “janelas da alma”, os olhos. Só consigo “ver” as linhas de um rosto por meio das pontas dos dedos. Posso perceber o riso, a tristeza e muitas outras emoções. Conheço meus amigos pelo que toco em seus rostos.
Como deve ser mais fácil e muito mais satisfatório para você, que pode ver, perceber num instante as qualidades essenciais de outra pessoa ao observar as sutilezas de sua expressão, o tremor de um músculo, a agitação das mãos. Mas será que já lhe ocorreu usar a visão para perscrutar a natureza íntima de um amigo? Será que a maioria de vocês que enxergam não se limita a ver por alto as feições externas de uma fisionomia e se dar por satisfeita?
Por exemplo, você seria capaz de descrever com precisão o rosto de cinco bons amigos? Como experiência, perguntei a alguns maridos qual a exata cor dos olhos de suas mulheres e muitos deles confessaram, encabulados, que não sabiam.
Ah, tudo que eu veria se tivesse o dom da visão por apenas três dias!
O primeiro dia seria muito ocupado. Eu reuniria todos os meus amigos queridos e olharia seus rostos por muito tempo, imprimindo em minha mente as provas exteriores da beleza que existe dentro deles. Também fixaria os olhos no rosto de um bebê, para poder ter a visão da beleza ansiosa e inocente que precede a consciência individual dos conflitos que a vida apresenta. Gostaria de ver os livros que já foram lidos para mim e que me revelaram os meandros mais profundos da vida humana. E gostaria de olhar nos olhos fiéis e confiantes de meus cães, o pequeno scottie terrier e o vigoroso dinamarquês.
À tarde daria um longo passeio pela floresta, intoxicando meus olhos com belezas da natureza. E rezaria pela glória de um pôr-do-sol colorido. Creio que nessa noite não conseguiria dormir.
No dia seguinte eu me levantaria ao amanhecer para assistir ao empolgante milagre da noite se transformando em dia. Contemplaria assombrado o magnífico panorama de luz com que o Sol desperta a Terra adormecida.
Esse dia eu dedicaria a uma breve visão do mundo, passado e presente. Como gostaria de ver o desfile do progresso do homem, visitaria os museus. Ali meus olhos, veriam a história condensada da Terra -- os animais e as raças dos homens em seu ambiente natural; gigantescas carcaças de dinossauros e mastodontes que vagavam pelo planeta antes da chegada do homem, que, com sua baixa estatura e seu cérebro poderoso, dominaria o reino animal.
Minha parada seguinte seria o Museu de Artes. Conheço bem, pelas minhas mãos, os deuses e as deusas esculpidos da antiga terra do Nilo. Já senti pelo tacto as cópias dos frisos do Paternon e a beleza rítmica do ataque dos guerreiros atenienses. As feições nodosas e barbadas de Homero me são caras, pois também ele conheceu a cegueira.
Assim, nesse meu segundo dia, tentaria sondar a alma do homem por meio de sua arte. Veria então o que conheci pelo tacto. Mais maravilhoso ainda, todo o magnífico mundo da pintura me seria apresentado. Mas eu poderia ter apenas uma impressão superficial. Dizem os pintores que, para se apreciar a arte, real e profundamente, é preciso educar o olhar. É preciso, pela experiência, avaliar o mérito das linhas, da composição, da forma e da cor. Se eu tivesse a visão, ficaria muito feliz por me entregar a um estudo tão fascinante.
À noite de meu segundo dia seria passada no teatro ou no cinema. Como gostaria de ver a figura fascinante de Hamlet ou o tempestuoso Falstaff no colorido cenário elisabetano! Não posso desfrutar da beleza do movimento rítmico senão numa esfera restricta ao toque de minhas mãos. Só posso imaginar vagamente a graça de uma bailarina, como Pavlova, embora conheça algo do prazer do ritmo, pois muitas vezes sinto o compasso da música vibrando através do piso. Imagino que o movimento cadenciado seja um dos espetáculos mais agradáveis do mundo. Entendi algo sobre isso, deslizando os dedos pelas linhas de um mármore esculpido; se essa graça estática pode ser tão encantadora, deve ser mesmo muito mais forte a emoção de ver a graça em movimento.
Na manhã seguinte, ávida por conhecer novos deleites, novas revelações de beleza, mais uma vez receberia a aurora. Hoje, o terceiro dia, passarei no mundo do trabalho, nos ambientes dos homens que tratam do negócio da vida. A cidade é o meu destino.
Primeiro, paro numa esquina movimentada, apenas olhando para as pessoas, tentando, por sua aparência, entender algo sobre seu dia-a-dia. Vejo sorrisos e fico feliz. Vejo uma séria determinação e me orgulho. Vejo o sofrimento e me compadeço.
Caminhando pela 5ª Avenida, em Nova York, deixo meu olhar vagar, sem se fixar em nenhum objeto em especial, vendo apenas um caleidoscópio fervilhando de cores. Tenho certeza de que o colorido dos vestidos das mulheres movendo-se na multidão deve ser uma cena espetacular, da qual eu nunca me cansaria. Mas talvez, se pudesse enxergar, eu seria como a maioria das mulheres – interessadas demais na moda para dar atenção ao esplendor das cores em meio à massa.
Da 5ª Avenida dou um giro pela cidade – vou aos bairros pobres, às fábricas, aos parques onde as crianças brincam. Viajo pelo mundo visitando os bairros estrangeiros. E meus olhos estão sempre bem abertos tanto para as cenas de felicidade quanto para as de tristeza, de modo que eu possa descobrir como as pessoas vivem e trabalham, e compreendê-las melhor.
Meu terceiro dia de visão está chegando ao fim. Talvez haja muitas atividades a que devesse dedicar as poucas horas restantes, mas aço que na noite desse último dia vou voltar depressa a um teatro e ver uma peça cômica, para poder apreciar as implicações da comédia no espírito humano.
À meia-noite, uma escuridão permanente outra vez se cerraria sobre mim. Claro, nesses três curtos dias eu não teria visto tudo que queria ver. Só quando as trevas descessem de novo é que me daria conta do quanto eu deixei de apreciar.
Talvez este resumo não se adapte ao programa que você faria se soubesse que estava prestes a perder a visão. Nas sei que, se encarasse esse destino, usaria seus olhos como nunca usara antes. Tudo quanto visse lhe pareceria novo. Seus olhos tocariam e abraçariam cada objeto que surgisse em seu campo visual. Então, finalmente, você veria de verdade, e um novo mundo de beleza se abriria para você.
Eu, que sou cega, posso dar uma sugestão àqueles que vêem: usem seus olhos como se amanhã fossem perder a visão. E o mesmo se aplica aos outros sentidos. Ouça a música das vozes, o canto dos pássaros, os possantes acordes de uma orquestra, como se amanhã fossem ficar surdos. Toquem cada objeto como se amanhã perdessem o tacto. Sintam o perfume das flores, saboreiem cada bocado, como se amanhã não mais sentissem aromas nem gostos. Usem ao máximo todos os sentidos; goze de todas as facetas do prazer e da beleza que o mundo lhes revela pelos vários meios de contacto fornecidos pela natureza. Mas, de todos os sentidos, estou certa de que a visão deve ser o mais delicioso.
Para saber mais


A mulher que via com as mãos
The life of Helen Keller
Dreams of the Blind
The Miracle Helen Keller
Instituto Benjamin Constant







Publicado em 31.Dezembro.2002 Copyright 2002 Universidade Estadual de Campinas Revista Cérebro & Mente Núcleo de Informática BIomédica
 






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